segunda-feira, 21 de março de 2011

Realeza


Vem ver, ouça os sinos batendo
Vem ler, escrevo nomes no tempo
Sentes? Entendes?
Eu estou a ventar por dentro e por fora
Estou nessa chuva que cai fina esta hora
Vens, ou simplesmente te sentas e ignoras?
Se vem, sorrateiramente  vai embora
sem rastro deixar, sem mágoa, sem dor
sem culpa, sem nem mesmo desculpa furada
nenhuma palavra, todas entaladas
numa garganta congelada, engessada
Como pode tanta frieza?
De onde vem tanta realeza?
Onde estão teus discursos reais?
Quais são teus recursos?
Quais teus meios?
Qual é teu reino, qual é teu medo?
Qual é teu sonho, qual teu segredo?
Qual teu nome, qual teu fim?
Onde estão teus discursos?
Quem és tu, enfim?
Quem és tu,em mim?

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