sexta-feira, 18 de março de 2011

Cigana


Na ponta da tua lança, minha vida dança
No ponto da tua rua, minha vida é crua

Mas o teu feitiço me toma e protege
Sim, sei que sou mestiço e herege

Se tenho cor e sabor
Não posso ser bege!
Não posso fraquejar!
Nada de ser suave,
nada de entrave.
Nada de nada,
só um pouco de tudo.

Um conselho mudo.
Aquele teu jogo de olhar
Aquele arrepio ao som das tuas castanholas
Aquele teu cheiro de rosas e frutas
Aquele teu porte de quem sabe...
Sabe que pra que nada acabe
é preciso sempre um começar.

Na ponta daquele punhal
Naquele instinto visceral
No momento crucial
No tilintar de tuas pulseiras
das tuas frases verdadeiras
a vida fica mais mágica,
a noite fica mais rápida,
a história ganha novo sentido.

Diferente de tudo que já se tenha ouvido
ou vivido
ou prometido
ou cumprido

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