Onde está minha alegria?
Onde foi parar a luz do dia?
Onde se impregnou a agonia,
que não vejo, mas sinto
que não conto, mas minto
que não entendo, mas pinto
na tela, na teia cheia da vida bordada à mão
Onde está minha ousadia?
Onde foi começar a mordomia?
Onde se impregnou minha apatia,
que não quis, mas expus
que não projetei, mas reluz
eu não almejei, mas jamais pus
para dentro da gaveta e chaveei com vigor
Tateando pelos cantos da casa e do coração
na esperança de encontrar alguma solução
concluí não haverem fórmulas mágicas
capazes de amornar o desejo de ser
Tatuando mandalas por todo o meu corpo
na esperança de registrar alguma emoção
concluí não haverem símbolos mágicos
capazes de tornar indelével o querer
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