domingo, 4 de setembro de 2011

Declaração a Iemanjá


Gotejando estrelas e luar feitos de mar
Mergulhei na onda mais salgada
Penetrei na água mais sagrada
Entoei o canto mais enfeitado
Saudando o efeito encantado
Do barulho da espuma
que bate na pedra

No silêncio cortante que rasga a noite
quando voltas ao fundo do reino,
me jogo em teu seio
implorando tua volta
Preciso do teu som, do teu amor
E se calas meu começo,
É meu fim, fico sem meio
de me encontrar, de me mirar
sem teu espelho, sem teu empenho
não há vida, não há sentido em meu passeio
por esta Terra, por esta vida sem mar, sem amar

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