sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Para Que Flores?



Me deu aquela flor,
como quem passa assim ao acaso
e percebe a pétala a lhe sorrir
e a convidar pra uma sedução rápida e barata

Me deu aquele restinho de amor
Como se soubesse o que faria depois
E, sem notar, me obrigou a fugir
E, pra eu notar, tentou sorrir
E, sem notar, só fez fingir
Mas percebi... e ruí

Me deu aquela angustia, aquela infinita dor
Como se soubesse desfazer mais tarde
E como se estivesse ali, ou estivesse pronto
E depois te vi às voltas com meu pranto
E eu que precisava do teu manto pra me cobrir
Me vi só.. e caí

Revolvi os lençóis
Dissolvi os sonhos
em meio a tantas amargas realidades
em busca de novos e doces planos
aos quais já não pertences
dos quais já esqueceste

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