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terça-feira, 28 de junho de 2011
E Se Ela Cria, Existia
E teimavam em dizer-lhe que não existia
Mas só Deus sabia
o que ela via
o que sentia
e pressentia
Não havia dia
Mas ela intuía
O sol
Mas ela ouvia
A lua
Mas ela amava
A luta
Mas ela entoava
O som
E como adorava
O bom
E como a encantava
O belo
E como estudava
O estranho
E como buscava
O engano
da certeza - absoluta
da pureza - absoluta
da beleza - absoluta
Depois soube: obsoletas
pobres muletas
das mentes torpes
das molas tortas
que já não impulsionam
das horas mortas
que já não emocionam
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