sexta-feira, 8 de julho de 2011

Amor Melado



Meio sem meio
Eu tiro do meu recheio
O miolo do teu pão
E tem já um tempão
Que meu pé é doce
E o teu é salgado
Que meu beijo é mole, o teu é melado
Teu gosto é novo, o meu já manjado
Me esperas pro lanche, chego jantado
Te peço cafuné, queres xaxado
Te faço poema, queres versado
Te falo baixo, queres gritado
Te mando flores, me queres?
Coitado
Sou o que sobra de um cabra macho depois duma mulher
Sou o que implora uma chance, um respiro antes do café
Mas queres tudo de mim
Mas quente és mulher
Quente sem fim
E sem começo
Te aquietes!
Veja se pareço
Com um homem que pode ter contigo?
Tenho sim, Tenho noção do perigo
Olhe bem
Veja só
Se te cubro de amor num dia
Noutro falta pó
pro café
Falta leite
O açúcar, o melado
aquilo que seja com que te adoças
o vestido de babado
aquilo que deixa tu a mais das moças

Amor melado
Marmelada
Rio melado
Sertão melado
Eu atropelado!

É muito amor, posso não!

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