quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Manto de Mar

Queria ser peixe,
nasci quase mulher
Nasci de uma mulher
para ser mulher inteira
quem pudera, uma sereia...
Transformar-me em peneira
onde perpassassem emoções
luzes, cores e lágrimas salgadas

Despertei com uma cauda
tão linda e longa e reluzente
Certamente me fez diferente
algo desajustada ao ambiente
que me (a)cerca e me oprime
não me vê certa, e me reprime

Desaguar aos pés do mar
é meu consolo
meu sopro
meu canto
meu manto
meu encanto: Odoyá


(In)Verdades Mentais


Que mania temos de querer certezas
De julgar com espertezas da mente
o que pensamos entender

Que maneira temos de querer proezas
De juntar resultados e respostas
De manter os pés no chão
Se não nos permitimos
O vão, o belo, o vago

Que parte nos cabe em nossa própria história
Que lembrança caberá ao fim dos dias na memória
Recordaremos os momentos ditos, ou os que sentimos
Reinventaremos as partes faltantes com verdades ou mitos?

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Adeus, Inertes



Arranca dos cascos e pés
o que não pode tirar d'alma
Arrebenta ondas e correntes
observa erros tão frequentes

Astuta, cavalga pela beira, rumo ao fim
Ávida por vida plena e doce e farta
Abandona o que não serve,
ao que não ferve